Setembro também foi colorido pelo verde da campanha de incentivo à doação de órgãos no país. E um significativo ato de solidariedade deixou sua marca no Hospital São José de Joinville. No dia 30 de setembro, foram realizadas, simultaneamente, duas cirurgias: uma de captação de órgãos e uma de transplante. Os dados pessoais do doador e receptor não podem ser divulgados. Um mesmo hospital, duas salas. De um lado, uma família que, mesmo diante da dor da perda de uma pessoa querida, se abriu à compaixão. Do outro, a esperança de uma vida, que enfrentava graves riscos de morte nas horas seguintes, caso não transplantasse. 

"A maior expressão de caridade humana é o ato de doação de órgãos feito por uma família", diz o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Christian Evangelista Garcia, responsável técnico pela equipe de transplante de fígado. "Um ato que proporcionou a tentativa de salvar outra vida, que estava correndo risco muito grave". O procedimento ocorreu conforme o esperado, e a pessoa que recebeu o órgão doado está em recuperação, sob cuidados médicos.   

"Para mim, foi muito memorável e emocionante finalizar o mês de incentivo à doação de órgãos presenciando o amor de uma família despertando esperança de vida à outra", declarou a enfermeira da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, Danielle Medeiros.Só em 2020, o Hospital São José já realizou 21 captações multiorgânicas. Segundo o Dr. Christian, este tipo de procedimento é um empenho de todos os setores do hospital. "Só como empenho de todos conseguimos realmente fazer o transplante, e melhorar a captação da maneira como o São José tem liderado".Para ser doador de órgãos é necessário conversar com os familiares sobre este desejo. É preciso deixar a vontade explícita, pois são os familiares que poderão autorizar a doação.No Brasil, são mais de 40 mil pessoas aguardando transplante de órgãos.